Nunca gostei da ideia de me definir, porque acredito que estamos em completo estado de transição, e me definir, de alguma forma, me deixa um pouco sufocada. Eu gosto da ideia de saber que eu posso mudar, ter novos olhares pro mesmo caminho, novas formas de escrever as mesmas histórias, observar perspectivas diferentes da mesma coisa. Talvez por isso a fotografia me encontrou, ou eu a encontrei, ou nos encontramos por sabermos que de alguma forma nos completamos.
Mas assim como a fotografia precisa de mais histórias para continuar fazendo a sua graça e compartilhando o seu papel entre nós, eu também preciso de outras ferramentas pra fazer do meu eu, completo, então em resumo, me considero uma artista visual. Transmuto entre a fotografia, o vídeo, design gráfico e a escrita, assim me sinto completa(mente) eu. Pronta pra gritar no silêncio da minha arte e caminhar no mundo em que ser única não significa ser só uma.